Por que o Iêmen é importante

Estou sediado em Beirute neste verão, e você não pode pegar um jornal sem ler sobre um país do Oriente Médio devastado pela guerra, uma insurgência liderada por xiitas e extremismo islâmico. O país não é o Líbano ou o Iraque, mas sim o Iêmen. Um dos países mais pobres e sem lei da região, o Iêmen tem lutado para conter um grupo rebelde xiita cuja violência ameaça se espalhar para a Arábia Saudita. Os rebeldes têm como alvo trabalhadores humanitários estrangeiros. Pelo menos 120.000 refugiados foram forçados a fugir de distritos violentos no norte. E o Iêmen parece estar à beira de um caos maior.
A insurgência aqui importa por várias razões. Primeiro, o Iêmen é nominalmente um aliado dos Estados Unidos, apesar de votar contra as guerras lideradas pelos EUA no Iraque. Em segundo lugar, o país, que é o lar ancestral de Osama bin Laden, pode se tornar novamente um refúgio para a Al-Qaeda e outras organizações terroristas. E, finalmente, há evidências de que os rebeldes xiitas aqui estão sendo apoiados pelo Irã, acrescentando mais uma questão à nossa ladainha de acusações enquanto buscamos negociações com Teerã. Enquanto focamos nossa atenção no Iraque e no Afeganistão, não vamos esquecer o que está acontecendo no Iêmen, um país de interesse vital para a política externa dos EUA na região. Fico feliz em ver que um grupo de senadores dos EUA incluiu o Iêmen em sua viagem pelo Oriente Médio, mas é preciso fazer mais em Washington para evitar que esse aliado volte à guerra civil.
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