O início do fim do oceano Atlântico
Cientistas detectaram fraturas no fundo do oceano perto da Península Ibérica, sinalizando o movimento das placas tectônicas que podem acabar fechando a distância entre a América do Norte e a Europa continental.

Qual é o último desenvolvimento?
Um novo artigo publicado recentemente em Geologia observa a descoberta de uma zona de subducção - uma área 'onde um dosplacas tectônicasque cobrem a superfície da Terra mergulha sob outra placa 'na camada logo abaixo da crosta do planeta - formando-se na costa sudoeste de Portugal, sinalizando o possível início de um novo ciclo geológico que verá o Oceano Atlântico encolher à medida que a Europa se aproxima do Norte América. Autor principal e professor de geociências da Monash UniversityJoão Duarte diz que a sua equipa mapeou o fundo do oceano e constatou que este estava a começar a fracturar, confirmando as suspeitas de que a actividade tectónica que provocou o terramoto de 1755 que destruiu Lisboa '[é] também um mecanismo propulsor consistente'.
Qual é a grande idéia?
Ao longo dos mais de quatro bilhões de anos de existência da Terra, os continentes se fundiram, se dividiram e se recombinaram pelo menos três vezes. Esta descoberta pode dar aos cientistas novos insights sobre como as massas de terra e oceanos evoluíram. Duarte diz que a nova zona de subducção é 'embrionária', o que é adequado considerando o tempo geológico: levará cerca de 20 milhões de anos para que a margem da placa se torne totalmente ativa, e não se espera que uma trilha de caminhada Nova York-Paris se forme para outra 220 milhões de anos.
Crédito da foto: Shutterstock.com
Compartilhar: